segunda-feira, 16 de março de 2009

Trabalhar com estranhos

Todos sabemos que os combustíveis estão em crise. O preço sobe e desce por razões mínimas, as reservas estão a acabar-se, e as que existem, são frequentemente propriedade de países instáveis governados por ditaduras ou monarquias. As alternativas energéticas ao petróleo são portanto um dos ramos mais estudados pela engenharia. Uma das alternativas consiste em estudar produtos dos quais possa ser extraído o combustível. É desta necessidade que saíram ideias como a recolha dos óleos de fritura, por exemplo. No entanto, este texto está a ser escrito para chamar a atenção para o carácter multi-disciplinar da investigação tecnológica. Acontece que duas das fontes alternativas de diesel são os fungos e as algas. As equipas que estudam estes organismos consistem na colaboração inesperada entre biologia e engenharia. Na vida profissional, o trabalho em grupo será sempre uma inevitabilidade, e conciliar áreas tão distintas pode tornar-se uma espécie de arte difícil de dominar. Implica confiar no trabalho do colega, que não podemos criticar adequadamente por não partilharmos o mesmo tipo de conhecimento, e no entanto, estar capaz de interpretar os dados à luz da nossa própria área de conhecimento. A arte começa a desenvolver-se no tempo do curso, nos trabalhos de grupo.

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