quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Entrevistas aos universitários 1

Sai então a primeira entrevista a um estudante universitário. É a Filipa Cunha, estudante do 2º ano de Psicologia no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, aka ISCTE. Agraciou-nos com duas fotografias suas em pleno exercício académico.

Sentiste-te desorientada no processo de ingresso no Ensino Superior?

Andei imenso tempo à procura de universidades que se "encaixassem" com a minha média e com as provas de ingresso que tinha. A média não foi problema mas relativamente às provas de ingresso foi mais complicado porque cada faculdade tem os seus requisitos. Como não conseguia ter nenhum dos pares de exames da faculdade que eu queria em Lisboa, só me restava ir para mais longe de casa. Mas depois de mais algum tempo à procura descobri, no dia antes de me candidatar, que o ISCTE tinha todas as condições que eu queria! Até tomar uma decisão estava com alguma pressão porque queria fazer a melhor escolha possível e temos sempre o medo de errar, de não gostar da nossa opção...
De qualquer modo, ficar desorientado no processo depende um bocado de nós. É preciso estar atento às informações, às datas, ter paciência para esperar... mas a maior parte não se livra de uma certa pressão, tal como eu!

Sentiste falta de um acompanhamento e apoio para lidar com toda a informação que recebeste?

Não me queixo com as informações que disponibilizam aos candidatos. Há imensa informação, basta saber procurá-la e usá-la da melhor maneira.
O apoio dos colegas que estão na mesma situação que nós é muito importante: sentimos que não estamos sozinhos nas mesmas dúvidas, há sempre alguém para perguntar, para ir connosco a algum lado... Sempre procurei opiniões sobre pessoas que estavam na área para onde eu queria ir. Não basta sabermos que queremos um certo curso e profissão. Às vezes, a realidade não corresponde e ficamos desiludidos. É sempre importante procurar ajuda quando temos pouca informação e quando nos sentimos perdidos.


Que dificuldades concretas tiveste ao longo do processo de candidatura?

Não posso dizer que foi uma dificuldade terrível mas durante o processo de candidatura estamos muito sensíveis para ouvir e quase toda a opinião é bem-vinda. Nesta fase prestamos muita atenção às notícias dos estudantes, às medidas tomadas no ensino superior e principalmente às taxas de desemprego. Também haverá muita gente a perguntar "Então, para que curso vais?" e depois da nossa resposta muitasg vezes ouvimos: "Ouvi dizer que essa área não tem muita saída". Na verdade, isto é comum e ouviremos demasiadas opiniões diferentes.
Às vezes este tipo de opiniões afecta-nos no meio da pressão. Não vamos desprezar todas as opiniões mas não devemos deixar que meras opiniões estraguem o nosso sonho. Haverá sempre uma verdade: se nos esforçarmos, os objectivos vão ser alcançados.

Achas importante a realização de um Dia de Apoio ao ingresso no Ensino Superior? Porquê?

Um Dia de Apoio é mesmo um Dia de Apoio! O importante deste tipo de iniciativas é que podemos tirar todas as dúvidas que temos com pessoal que está mesmo ali para isso. Mostrar garantia de segurança, de uma saída para o futuro e saber que não estamos sozinhos é o principal.

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